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sexta-feira, 24 de maio de 2013


Boreais

Corpos desenhados
na penumbra
em relevo do desejo.

Dois intensos
e o que não se evita.

Dedos e línguas em labaredas
como fogo morro acima.

Desejo líquido escorre
como água encosta abaixo.

Ventos solares incendeiam
e o poente alvorece
no grito úmido
da aurora.

(Flávia Côrtes - Maio de 2013)


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Textos devidamente registrados na Biblioteca Nacional e protegidos quanto aos seus direitos autorais.


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