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domingo, 21 de março de 2010
Toda palavra gosta de eco
Por isso, todo poema é mil vezes um poema
A primeira antes de virar sentimento
A segunda quando brincou com a vontade do poeta
A terceira quando dançou em volta dele... resolvendo se vestia verso
Na quarta, se esparramou em papel
Na quinta, pediu voz
Eclosão em som
Novos rumos
Novas respirações
Novos anseios
Significados
Sorrisos
Suspiros
Sussurros
Olhar alheio
Espelho
Eco
Acho mesmo
Que poemas nascem
Por pura vontade da palavra
De encontrar eco
Março de 2010
Num minuto, aninhada no teu abraço.
No outro, toda asa sobre ti.
Agora faço, decido, resolvo.
E já, já, quero só o teu colo.
Navego sem rumo, prumo, farol.
Só porque sei do teu porto.
Sigo me alternando e intercalando
Às vezes por vontade, às vezes por necessidade.
Ah, vai, não me olha assim... bem gosta de me ver outra.
Devaneio pela Palavra
Março de 2010
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