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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Mergulhada no Efêmero

Quando dei por mim
estava
despida de ontem
nua de amanhã
mergulhada no efêmero

E achei bom.

Você me diz
sonho
E me olha
como se eu fosse
me dissipar
em brumas

Eu acho graça

E até acho que gosto
de ser sonho

Está bem, confesso.
É que eu gosto de sonhos.

E, de vez em quando,
eu me dissipo mesmo
e, depois,
me refaço

inteira
ou inteiramente nova

Então
você só precisa
me sonhar de novo
amanhã
e depois de amanhã

Porque eu
acredito em sonhos

E já me acostumei
a viver os meus!

Dezembro de 2010