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quarta-feira, 7 de julho de 2010


Dois em Cena


Não, eu não me preocupo que seja para sempre.
Se tiver mesmo que colocar advérbio
nesse verbo com som de horizonte,
que seja de intensidade
e não de tempo.

Prefiro que me queira.

Todo dia,
de novo
e novamente.

Da mesma forma
ou diferente.

Mas que não me queira
mais ou menos,
meio por acaso,
meio sem querer.

Que me queira muito.
E que me queira bem.

Não, eu não procuro um amor de cinema.
Não acho que amores combinem com roteiros.
Mas tampouco me encantam
essas modernas paixões em minissérie.

Prefiro que me faça
encantadora
e encantada.

Que dispense palco e ribalta.

Em cena, só querer.
Ao vivo.
Em arena plena de nós dois.




(Flávia Côrtes - Julho de 2010)
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