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domingo, 10 de fevereiro de 2013

"Pedir ao Google"

Converso com minha mãe ao telefone, falando de tudos e nadas, dizendo uns versos, ouvindo histórias de outros tempos e contando os dias de agora.

Lá pelas tantas, minha mãe conta uma história de um menininho lá da Vila onde moram... em um episódio singelo com o meu pai e diz que "criança é tudo igual... não importa o tempo e o lugar"

Lembrei de um vídeo fofo que postei esses dias... um vídeo de um garotinho... e lá fui eu ensiná-la a achar o vídeo no meu mural. 

Meia hora depois, ela me pergunta. "Mas eu não posso pedir ao Google? "Mural da Flávia"...?

Adorei isso de "pedir ao Google"... nunca mais eu procuro nada no Google. Agora eu peço ao Google... rs 

Será que posso 3 desejos?

(Flávia Côrtes - fevereiro de 2013)


Só um cisco.

Um passo em frente
e eu olho para trás
e por cima do ombro
só para ver se você vem.

E eu não te vejo mais.

Disfarço e espanto
um cisco do ombro
com os dedos.

Visto
um sorriso
e sigo.

(Flávia Côrtes - Fevereiro de 2013)

Neste e em outros Carnavais


Eu lia o meu Quintana
numa manhã lenta
de Carnaval

e as pernas nuas
desfilavam preguiça.

Entre uma página e outra,
me espiava um verso.

Ecos de antigos poemas
misturam-se a uns versos
ainda não escritos.

Menininhas 

com nomes de avozinhas
saltam do livro

e eu penso
que não importam os nomes
serão sempre menininhas.

Corre, Adalgisa, brinca.
As tranças com laços de fita
sacodem no ar
como as de todas as menininhas
de tempos idos
ou por vir.

Serão sempre menininhas
Adalgisa, Heloísa, Bruna e Maitê

Terão sempre
suas tranças e laços de fita
as menininhas.

Algumas coisas não mudam,
graças a Deus.

E às mães.

(Flávia Côrtes - Fevereiro de 2013)