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domingo, 10 de janeiro de 2010
Não dá para apagar o que se viveu
Dá para chorar
Sofrer
Sentar pelado no banheiro
Encolher dentro do chuveiro
Abafar grito no travesseiro
Até cansar
E, se não for assim
Não dá para guardar o sofrimento depois
Ele fica ali
Latejando
Lágrima para dentro
Empoça
Faz bolo no meio do pescoço
Sangra ferida no estômago
Derrama no peito
Explode veia na cabeça
Então
Chora a lágrima para fora, vai
Vive a sua tristeza
Plenamente
Antes de guardar
Janeiro de 2009
Moderadamente
Sou péssima em fazer as coisas moderadamente.
Sou péssima em fazer as coisas moderadamente.
Tá bom... dá para beber moderadamente.
Até dá para comer moderadamente.
Acho que consigo gastar moderadamente.
E posso tentar trabalhar moderadamente
de vez em quando.
Mas viver moderadamente...?!
Aprendi, não...
Flávia
Côrtes – Janeiro de 2010
www.poetaflaviacortes.com.br
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Textos devidamente registrados
na Biblioteca Nacional e protegidos quanto aos seus direitos autorais.
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Poesia Falada: Confira tudo sobre o CD no link Verso em Voz
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