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segunda-feira, 13 de julho de 2009


Teus olhos me seguiram pelo dia. Roubaram a atenção, interromperam a frase, dispersaram o pensamento. Esse olhar que me olha por dentro. Parei o dia para ver você olhar para mim.

Julho de 2009


Áquila


Os olhos pesam enquanto a hora escorre.
E eu insisto sem saber.

Sem saber se a minha noite
encontra hoje a sua manhã.

Sem saber se o teu dia
penetra hoje a minha madrugada.

Sem saber se nos veremos
por esta fresta,
nas beirinhas de nossos dias.


Julho de 2009

Dormia profundamente quando a idéia começou a voar em volta dela, qual borboleta espantando o sonho. O verso rasgou a madrugada e ficou olhando para ela. Era madrugada, mas o verso era tão bonito.

(Passeio pela Palavra)
Madrugada de Julho de 2009


Lúcida?... talvez. Verdade, mesmo... me prefiro lúdica... para não perder a lucidez.

(Devaneios pela Palavra)
Julho de 2009
Conversa sobre prioridades com uma amiga

Chego em casa, por volta das sete da noite e uma amiga liga para saber de mim... se tinha melhorado, onde estava... esses cuidados que os amigos têm uns com os outros quando se sabem doentes.

Tranqüilizada por mim, que ainda não estou bem, mas já me considero boa, vem a pergunta:

Mas onde você foi, afinal?”

Ah... dei só uma passadinha numa livraria, que o meu livro acabou ontem... coisa rápida... já estou chegando em casa...”

A gargalhada da minha amiga me interrompe.

"Você fala “acabou o meu livro” exatamente como quem diz “acabou o meu pão e eu dei um pulinho na padaria”... risos... agora, eu aposto que aquela lista de compras que a sua faxineira deixou na sua geladeira na semana passada continua lá...risos

Na verdade, continua.

Julho de 2009