Todo mundo quer ser feliz.
No fim do livro,
um beijo de novela.
Na cena final,
"felizes para sempre",
esta quase sentença.
"Ninguém é feliz todo dia",
dizem aqueles
que esqueceram
a alegria.
Eu perdi
o caminho ou o rumo
atrás da borboleta.
E saltando poças d'água
eu fui feliz.
Atrasei-me
vendo nuvens.
E assistindo passarinho,
eu tive paz.
Não sei se com isso,
um dia,
faltará algo
no verso final.
Mas preocupam-me pouco
aquelas três
douradas e desenhadas letras
do "FIM".
É que eu estou ainda ocupada
e um pouco encantada demais
para redigir epitáfios.
Por hora,
as manhãs me contam versos
num sorriso-sopro todo dia.
Larga a lupa.
Experimenta o lápis.
Não dá para ser
leitor da própria vida.
É seu filme, Protagonista.
Preenche você a frase:
"era uma vez..."
(Flávia Côrtes)
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domingo, 6 de abril de 2014
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