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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Nem poema... nem despedida

Eu queria escrever um poema
de despedida.
Mas não sou boa nisso

Não, não...
Em poemas, até sou.

Sou é péssima
Em despedidas.

É que eu dou tchau
Viro as costas
E sigo a vida

Mas
para sempre
levo a pessoa comigo

Por dentro.

Você não tem noção
da quantidade de gente
que eu trago aqui comigo

Então, querido,
acha um cantinho
e se acomoda.

Aprecia a viagem.

Setembro de 2010

Quanto ao amor... ah, o amor... se a gente não se preocupa com o tamanho, a duração, a perenidade, a finalidade, o destino... e vive só o desatino, o instante, o átimo, o suspiro, o arrepio, a poesia, o riso, o cheiro, o gosto, o vôo... é menos amor por conta disso?

Devaneio pela Palavra
Setembro de 2010