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terça-feira, 24 de setembro de 2013



Nem era

(Letra de Flávia Côrtes e música de Daniel Rolim) 

Nem era,
não era
e nem era.

Não era prá você...

O tempo estava disfarçado de bonito 
e eu nem sabia se ia 
quando escolhi a saia rodada
que nem era para você.


Nem era,
não era
e nem era.
Não era prá você...

Teu perfume preferido 
um acaso.

E o baton vermelho
o que tinha.

Eu nem sabia
se ia

e nem era prá você...


Nem era.
Não era.
E nem era.
Não era prá você...

Não te procurei no salão,

e não vi teu olho no meu.

Meu samba?
Não era teu.

Não era.
Não era teu.


Meu samba?
Não era teu.

Não era.
Não era teu.

Não era...



(Flávia Côrtes - Setembro de 2013)


sexta-feira, 20 de setembro de 2013


Cúmplices

A frase trouxe um sorriso
algo terno, algo cúmplice,
daqueles que trazem lembrança
do que não aconteceu.

É que não aconteceu,
mas foi quase.

Um quase com gosto de ainda.

(Flávia Côrtes - setembro de 2013)



Textos devidamente registrados na Biblioteca Nacional e protegidos quanto aos seus direitos autorais.
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segunda-feira, 9 de setembro de 2013



Flamenco


O chuveiro pingava
castanholas d'água

na noite urgente.

Imóveis na penumbra
os que dançaram
dormem.

Flávia Côrtes - Setembro de 2013

segunda-feira, 2 de setembro de 2013



Sentido e Direção
Não se perde o rumo
por abaixar os olhos.

Há tempo
para contemplação.

Atentar infinitos
não desnorteia bússolas
de quem conhece
o eixo.

Até o chão
para ser caminho
precisa de direção.

(Flávia Côrtes - Setembro de 2013).
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Certezas


Por trás de cada nuvem
sempre tem um azul.

E eu nem sempre preciso
apagar o sol
para saber estrelas.

Toda lua é cheia
se te reflete.

A metade inteira
não é menos bela.

Inícios,
às vezes,
me bastam.

(Flávia Côrtes - setembro de 2013)
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Boa Hora

Pétalas decoradas de chuva
pela manhã
contam que ainda é inverno
no Rio de Janeiro.

Uns brotos
nas árvores quase secas
sussurram setembro.

Vermelhos desafiam a sentença
e crescem.

Há os que vêem, em invernos, estiagens.
E suportam.

Há os que tricotam casulos.
E esperam.

E há
os que se enamoram
da gestação.




(Flávia Côrtes - agosto de 2013)

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Extra!


Está na rede social!
Então, deu no Jornal!
(... ou mais que isso...)

Mas o que funciona bem
para fugir do mar sereno
que me mostra
o Jornal Nacional,
vira piada no meu mural.

E a pessoa "gentil"
chama a outra de "grossa"
na rede social.

E a pessoa "modesta"
chama o "metido" de "misantropo"
na rede social.

E a gente faz o que, né?

Bloqueia ou dá risada.
E procura "misantropo"
no dicionário.

Porque, no tempo do meu pai,
Modéstia era arma
de incompetente.

Vamos, portanto,
ao Google
descobrir a Misantropia
que a Nova Era nos mostra.




(Flávia Côrtes - agosto de 2013)

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Sanidades

Manter-se são
é verbo que flexiona
com o sujeito.

Depende de cada um.

E ninguém consegue
manter-se sujeito oculto de si mesmo
por muito tempo.



(Flávia Côrtes - agosto de 2013)
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