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quarta-feira, 6 de outubro de 2010
E quando o amor floresce, mas não enraíza?
Paixão Flor de Liz alada
alçou vôo de mim
tal borboleta
recém-saída do casulo
E se, desde menina, eu sei
que não se toca
em asas de borboleta,
acha mesmo, colibri,
que te prenderia à flor?
Então, voa,
meu amor,
mas não me olhes
com esses olhos
de até quando
Precisa mesmo
saber até quando?
Se já sabemos tanto
os por quês?
É porque ainda estou com o teu gosto em mim
E porque são tantas e tão fortes as interseções
E porque vamos do lírico
ao com-ple-ta-men-te não lírico
em segundos
E porque temos a mesma linguagem
E toda essa vontade
E porque as coisas que não vão até o final não terminam
Por tudo isso
e tão mais
Sigamos até o final
Outubro de 2010
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