Hieróglifos
E quando vi
falávamos de tudo
e de nada
A palavra dita misturada
na não dita
a linha embaralhada
na entrelinha
um riso entrelaçado
no meio
um assunto
sem começo ou fim
falando sem dizer
palavra
um contar da vida
um dizer do dia
que sem dizer
que conta
mostra
e eu
que me via
entoando versos
ainda não ditos
em palavras
não escritas
de uma linguagem
não inventada
te vi
leitor da entrelinha
descobridor do verso
tradutor do hieróglifo
da história
ainda não escrita
de nós dois
e agora
nos intercalamos
hora página
hora pena
hora palavra
Em tempo tempo tempo
Outubro de 2010
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domingo, 30 de outubro de 2011
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3 comentários:
Vim fazer ... uma visita...... havia perdido seus rastros ... mas , os reencontrei ...
lindo como sempre seus escritos ... abçs
Aprecio demais seus versos. Sempre aprendo.
hora página
hora pena
hora palavra
Somente a beleza desses três versos já valem um poema inteiro, querida Flávia. A cada hora seu tempo, a cada tempo sua pena, a cada pena sua palavra no tempo.
Não em Papai Noel, mas em você, eu ACREDITO! continue assim, terá sempre um leitor nas entrelinhas.
Beijo,
André
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