Colchão, lençol e travesseiros
acomodei-me sob o céu.
Sentimento exato
de quando tinha dez anos
e minha mãe me permitia
dormir no quintal.
Olhos poetas
vasculham céu sem estrela
aprendendo nuances da noite.
Barulho de vento brincando com folha
em ventilador sem hélice.
Conversa e risada ao longe
em novela do cotidiano.
acomodei-me sob o céu.
Sentimento exato
de quando tinha dez anos
e minha mãe me permitia
dormir no quintal.
Olhos poetas
vasculham céu sem estrela
aprendendo nuances da noite.
Barulho de vento brincando com folha
em ventilador sem hélice.
Conversa e risada ao longe
em novela do cotidiano.
Ruídos
da vida embalando sono.
Vento morno
sopra pele sob lençol fino
e emaranha cacho de cabelo
em preguiçoso cafuné.
Em redescoberta de ar
que não é condicionado,
levo dentro de mim
ar livre!
Vento morno
sopra pele sob lençol fino
e emaranha cacho de cabelo
em preguiçoso cafuné.
Em redescoberta de ar
que não é condicionado,
levo dentro de mim
ar livre!
Um comentário:
"Ventilador sem hélice"... que bela metáfora para o vento. Delicioso e altamente descritivo poema, realmente, e seria temeroso dizer que eu estive ali com você na sua varanda, Flavinha! *rs mas foi como se estivesse estado após ler este seu delicioso texto. Ah esse talento de descrição sensório-emotiva não é para qualquer um. Decididamente não!
Meus aplausos, poetisa, um belo dia (e menos quente) prá vc. Saudades, um beijo.
André
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