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- ▼ 2010 (163)
terça-feira, 29 de junho de 2010
segunda-feira, 28 de junho de 2010
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Artífice
Qual artesão,
esboça a minha vontade,
desenha o meu desejo,
esculpe o que eu quero.
Maestro,
rege meus suspiros,
compõe meus arrepios,
me descompõe.
Pintor das minhas nuances,
mergulha as mãos em minhas tintas
e faz de mim
tela branca de ti.
Diretor do desatino
coordena nossa loucura.
Me faz personagem,
desnuda em tua cena.
Cineasta de um filme
inédito de nós dois,
me olha como quem sabe o final.
E eu que nem vi o início.
Dançarino que me conduz
em ritmo que é só nosso.
Me enlaça e me leva,
bailarina em teus abraços.
Poeta
da palavra que eu não disse,
do canto que me seduz,
do verso que eu mais quero.
E eu aqui,
criadora
e criatura,
vejo no ar
as imagens do que dissemos,
as figuras do que pintamos.
Nossas cenas,
nossas cores,
se condensam em mim.
E me deixam aqui exposta
em poema de nós dois.
(Flávia Côrtes - Junho de 2010)
www.poetaflaviacortes.com.br
Qual artesão,
esboça a minha vontade,
desenha o meu desejo,
esculpe o que eu quero.
Maestro,
rege meus suspiros,
compõe meus arrepios,
me descompõe.
Pintor das minhas nuances,
mergulha as mãos em minhas tintas
e faz de mim
tela branca de ti.
Diretor do desatino
coordena nossa loucura.
Me faz personagem,
desnuda em tua cena.
Cineasta de um filme
inédito de nós dois,
me olha como quem sabe o final.
E eu que nem vi o início.
Dançarino que me conduz
em ritmo que é só nosso.
Me enlaça e me leva,
bailarina em teus abraços.
Poeta
da palavra que eu não disse,
do canto que me seduz,
do verso que eu mais quero.
E eu aqui,
criadora
e criatura,
vejo no ar
as imagens do que dissemos,
as figuras do que pintamos.
Nossas cenas,
nossas cores,
se condensam em mim.
E me deixam aqui exposta
em poema de nós dois.
(Flávia Côrtes - Junho de 2010)
www.poetaflaviacortes.com.br
Textos devidamente registrados na Biblioteca Nacional e protegidos
quanto aos seus direitos autorais.
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Poesia Falada: Confira tudo sobre o CD no link Verso em Voz
Poesia Falada: Confira tudo sobre o CD no link Verso em Voz
Maiores informações: contato@poetaflaviacortes.com.br
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quinta-feira, 24 de junho de 2010
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Dueto do que te leio
Ah, poeta
Se minha é tua poesia
E meus são os teus versos
O que dizer desse encanto
Que me invade
Olhos, peito e pensamento
E derrama
Verso nu em papel branco
Espelho do que me mostra
Vontade do que me diz
Dueto do que te leio
Então me conta
Poeta
E esses versos que escrevo
Agora
São de quem?
Junho de 2010
(esse poema nasceu depois de ler um lindo texto do poeta Mário Roberto Guimarães. Quem puder conferir o texto, e encantar-se como eu, é só checar o link:http://recantodasletras.uol.com.br/sonetos/2336095
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Que nada... que bom!
Ah, minha amiga,
não estranha isso, não
Que é assim mesmo
Esse nada!
Aproveita o nada, querida.
Hoje, nada é bom!
Porque ontem
foi tanta dor...
E eu te trago a boa nova!
Quando a gente acorda
assim vazia
cheia de nada
E se sente
como quem, subitamente,
se livrou de uma dor de cabeça
E até estranha...
acostumada que estava
com a dor
Ah, querida,
esse nada
É porque passou, sabe?
Depois disso
mesmo que demore
mais dia
menos dia
os dias
se enchem
de luz
de novo
Então,
aproveita, querida,
esse momento
silencioso
e calmo
que a noite nos presenteia
antes da alvorada
Se aconchega
no edredom de si mesma
Abre os olhos
Deixa o ar encher o teu peito
E se prepara
O sol vai chegar.
Junho de 2010
domingo, 20 de junho de 2010
sexta-feira, 18 de junho de 2010
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Foto de uma mulher perdendo o sono
Ruim de dormir cedo demais era isso. Abriu os olhos e deu um suspiro. Olhou as horas no celular. Noite ainda. Pela janela, o dia contava que ia nascer dali a pouquinho. O céu começava a perder noite... as beiradas ganhando cor e o miolo clareando. Se enrola no edredom e se leva descalça para a varanda para ver dia desabrochar. Fechou os olhos e deu um suspiro. Bom de dormir cedo demais era isso.
Devaneio pela Palavra
Junho de 2010
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Versos que me reconhecem mulher
Te leio
E te escrevo
Desarticulada
Pensamento intercalado
Entrelaçado
Misturado
Em verso
Em sensação
Verso que ecoa em voz
Voz que tremula em verso
Labareda
Pensamento
que toca
que envolve
que prende
que solta
que fita
denso
desnudo
Transpiro-te
Em versos
Que me reconhecem mulher
Junho de 2010
Do meu eu que não é lírico
Saibamos, então
Do eu que não é lírico
Mas, olha,
Vai ter que descobrir
Às vezes
Nem eu
Sei tanto assim
Lírico
ou não lírico?
Um e outro
Um sem o outro
Um por dentro do outro
Depende tanto!
E se você já vê
Em uma única entrelinha
Tanto
E você já lê
Na palavra que eu não digo
Meu desalinho
E ainda nem me viu não lírica
Ou será que viu?
Junho de 2010
domingo, 13 de junho de 2010
terça-feira, 8 de junho de 2010
Borboletando
Voos aos olhos
que molho
em cores.
Versos
que adentram versos,
palavra sobre palavra,
amores em letras.
Borboletas
meu pensamento
poeta.
E voo.
Junho de 2010
Meu agradecimento ao meu amigo Da Montanha, pela inspiração e pelos versos que podem conferir em http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdealegria/2306808
domingo, 6 de junho de 2010
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Era uma vez um gato amarelo
Ela não desgostava de gatos. Também não gostava especialmente. Um dia, por capricho da vida, ficou com a custódia de um. Tinha nome de iogurte. Foi a primeira vez, depois de adulta, que precisou cuidar de uma coisa viva. Parecia fácil. Água, areia e ração.
Ele não se incomodava com os horários dela. Era carinhoso sem ser grudento. Percebia seus humores... deitava sobre o seu peito quando estava triste - coisa freqüente naqueles dias. Tinha os tempos dele... sumia de vez em quando. E, às vezes, ficava imóvel olhando o ar como se houvesse alguma coisa que só ele via. A ponto dela dar risada e perguntar se ele também escrevia.
Esteve com ela por dois anos. E isso já tem alguns agora.
Custou um bocado para perceber que aquela também foi a primeira vez, depois de adulta, que permitiu que cuidassem dela.
Junho de 2010
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