Sinfonia
O ruído
continuo e permanentemente
do motor subindo a serra
se misturava a outros sons.
Um trepidar de vidros
das janelas.
As conversas paralelas
das gentes
que iam ou voltavam
de algum lugar.
Olhos fechados
aguçavam ouvidos
que brincavam
de separar e unir
os sons.
Apitos
pediam
paradas.
Um ou outro motor
ultrapassava.
A intenção era sono.
Mas o destino
poema.
(Flávia Côrtes - junho de 2016)
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