Procura a Areal
A estrada
era estreita e sinuosa.
Um caminho verde
no meio do nada.
Um quilômetro
e a vista navegava
sobre um mar de eucaliptos
ondulados ao vento.
Outro quilômetro
e uma moça caminhava
rumo a algum lugar
que não se via.
A cada duas ou três curvas,
uma casa no alto de um morro,
um pasto,
um rio
e verde,
verde,
verde...
Eu quase achei
que era lenda
a tal cidade.
Uma Atlântida
submersa no verde.
Avalon
esperando neblina.
Shangri-la
oculta nos montes.
Mas a placa
indicando chegada
interrompeu
o poema.
Que pena.
(Flávia Côrtes - Abril de 2014)
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sábado, 26 de abril de 2014
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