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segunda-feira, 29 de outubro de 2012


Mãos

A mão espalmada e lenta 
da mulher 
sobe pela  curva do quadril
e desce 
desenhando a própria cocha.

Conduz a mão da mulher
a lembrança de outra mão.

A palma sente 
o pelo da perna
eriçar.

E um verso rompe a noite.



(Flávia Côrtes - Outubro de 2012)

Um comentário:

LAURA disse...

Querida Flávia!
Lindo, como todos que você faz! Fico lisonjeada de recebê-los! Sou ávida por seus poemas! Bjs! Laura Carvalho