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domingo, 26 de fevereiro de 2012




Contramão

Manhãs são breves e ternas.
Têm algo de Infância,
um cheiro de Novo,
um quê de possibilidades.

Tardes acontecem.
Correm ou se arrastam,
mas acontecem.

Se eu pudesse escolher,
todas as tardes
corridas ou escorridas,
terminariam em varandas.

Fins de tardes merecem Varandas.

Em Varandas,
o dia desfila mais lento
dá uma paradinha,
troca de perna,
olha por cima do ombro.

Só para a gente reparar num detalhe
antes dele sair
e deixar a noite entrar.

Em fins de tardes, gritam detalhes.

Por que será que as gaivotas
voam todas para a direita?

Eu bem queria ver,
neste céu de fim de tarde,
uma gaivota
voando na contramão.

(Flávia Côrtes - Fevereiro de 2012)

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