Penélope
Para entender o gênesis do desencanto
Há de se saber a origem do desejo
E aí, é só percorrer o caminho inverso
É um desfazer
Que começa
Em um não fazer
Um se distancia do outro
Sem perceber
O fio preso
No silêncio
E eu aqui
Hora tecelã
Hora Penélope
Desfaço as horas
Enquanto teço
Versos
Desfaço os versos
Enquanto
Teço horas
E enquanto teço
E enquanto verso
Desfaço-te
Outubro de 2011
Para entender o gênesis do desencanto
Há de se saber a origem do desejo
E aí, é só percorrer o caminho inverso
É um desfazer
Que começa
Em um não fazer
Um se distancia do outro
Sem perceber
O fio preso
No silêncio
E eu aqui
Hora tecelã
Hora Penélope
Desfaço as horas
Enquanto teço
Versos
Desfaço os versos
Enquanto
Teço horas
E enquanto teço
E enquanto verso
Desfaço-te
Outubro de 2011
Um comentário:
Flávia,
para mim, dentre os teus melhores textos, este é o que mais me encantou até agora. As construções em espelho nele contidas, são próprias de quem é realmente íntima da coisa poética.
Embora tenhas te afastado de vez das minhas simplórias letras, nem por isso deixarei de vir aqui para admirar os teus belos poemas – como este, por exemplo.
Bom domingo, boa semana.
André
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