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terça-feira, 27 de abril de 2010


E, aí, você apareceu na minha vida numa tarde lilás
E veio como quem voltava de uma longa batalha.
E se instalou dentro de mim com a naturalidade e a tranqüilidade
De quem já havia estado ali antes.

E eu me vi tão absorta no teu olhar
Que não houve tempo de construir os muros.

E, então, você encheu os meus dias com encanto e música
E meus olhos fizeram teus os versos.
E eu me permiti.
Com a naturalidade e a tranqüilidade
De quem já havia estado ali antes.

E te falei dos sonhos
E te contei dos caminhos
E te mostrei os olhos

E foi como falar de novo
E foi como contar de novo
E foi como mostrar de novo

Loucos e insanos?
Românticos e ingênuos?
Imprudentes?
E se não for?

Ah, se não for...
O hoje não é menos bonito porque o amanhã não existe.

Abril de 2010

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