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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010


Queria mesmo que fosse mais que um vento

Um pouco por encanto
Um pouco por surpresa

Tão surpreendente
Tão inesperado
Não precisar contar

Cansa um pouco, sabe
Ficar repetindo a toda hora

O que gosta
O que sente
O que encanta
O que excita
O que irrita
O que desafia
O que instiga
O que emociona
O que seduz

Eu não quero mais ficar me contando
Quero alguém que olhe para mim e saiba

É por isso que torço pela gente

E por que você me toca do jeito que você toca
E porque você me olha do jeito que você olha
E porque tem uma voz que me enche o pensamento

Janeiro de 2010

Um comentário:

A cura disse...

Ter que contar o que se é torna o ser humano uma máquina, onde se conhece pelo manual. Falta sentimento. Falta cumplicidade. Faltam até mesmo lágrimas de sinceridade - hoje, a maioria delas, são encenadas. Ótimo texto. Bjos. PP.