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domingo, 29 de novembro de 2009

Suspiro dentro do teu beijo
Só para sentir teu toque ganhar força.

Escorro os dedos pelo teu braço
Que é para desenhar devagar teu desejo.

A minha vontade derrama do meu olho
E vira desejo no teu.

Teu desejo enche o olhar
E vira vontade em mim.

Novembro de 2009

E, se para cada palavra dita, tem uma vontade
Na palavra que eu não digo, tem um pensamento.
E, em cada pensamento, tem um desejo.

E vamos nós dois nessa noite.
Pensando
Sabendo
Sentindo

Porque a palavra que eu não digo
O meu olho mostra
O meu beijo diz
E o meu toque conta.

Novembro de 2009


Acorde

Acordo no teu abraço.
Sem acordos e sem regras,
tua vontade ecoa em mim.

Inspiro teu desejo
e expiro minha vontade.

Meu corpo se move no teu ritmo.
Vibra na força do teu acorde.

Teu corpo de encaixa em mim
Precede a minha palavra. 

Sem ensaios, eu te reflito.
Em silêncio, você me espelha.

No meu olho, eu te mostro.
No teu olho, eu me vejo.

A gente se reconhece.
E sei que te quero.

 
Flávia Côrtes - Julho de 2009
www.poetaflaviacortes.com.br
Textos devidamente registrados na Biblioteca Nacional e protegidos quanto aos seus direitos autorais.
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Poesia Falada: Confira tudo sobre o CD no link Verso em Voz
Maiores informações: contato@poetaflaviacortes.com.br
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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

"um dia" é muito tempo, quando a vontade é agora.

Devaneio pela Palavra
Novembro de 20009


E a tarde escorreu
A tarde corria acelerada.
De um jeito que só tardes de quarta-feira sabem correr,
quando a tua lembrança parou o tempo.
Uma lembrança para o mundo parar.
Uma lembrança para o tempo escorrer.
A tua lembrança fez domingo em mim
A tarde escorria vagarosa.
De um jeito que só tardes de domingo sabem escorrer.



Flávia Côrtes - Novembro de 2009
www.poetaflaviacortes.com.br

Textos devidamente registrados na Biblioteca Nacional e protegidos quanto aos seus direitos autorais.

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Poesia Falada: Confira tudo sobre o CD no link Verso em Voz
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domingo, 1 de novembro de 2009

Que saudade é essa do que ainda não se viveu?

Devaneios pela Palavra
Novembro de 2009
E, se houver paixão,
Então, que mal há
Se o fogo consumir
Em um dia
Uma semana
Um ano
Ou uma vida?
Desde que fogo seja.

Novembro de 2009
Estava toda errada.
O vestido era de ficar em casa
As sandálias não tinham saltos
O cabelo secou sozinho
Os olhos não escondiam a noite insone.
Só a vontade era certa.
E o momento, perfeito.

Novembro de 2009