Mágica e estranha a sina do poeta.
Ver o mundo virar palavra.
Deixar o olho fotografar a vida.
Digerir todo dia a si mesmo.
Sentir o ar se encher do sentimento mudo.
E esperar.
Esperar para ver se o verso veste palavra.
Esperar até as palavras rodearem devagarinho.
Até o texto vir inteiro e forte.
Até as palavras se esparramarem, cristalizadas, no papel.
E, enfim, ser igual a toda gente.
Agosto de 2009
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quinta-feira, 27 de agosto de 2009
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